sábado, 8 de novembro de 2008

A TEMPESTADE

Tudo bem em Brasília. Sobrevivemos. Essa foi a maior chuva que eu já vi na vida. Talvez seja culpa da visão que eu tenho aqui da janela. Você sabe que ver é sempre pior.

A chuva começou mansa e foi apertando, apertando. Tive que fechar a janela porque a chuva bate na placa do restaurante e respinga dentro do quarto. Estava bem tranquilo ouvindo música no computador com meus fones. Resolvi olhar pra trás e vi uma coisa branca na janela.

Levantei e fui conferir a chuva fortíssima que caía, melhor, que corria pela W3, essa avenida que passa aqui na frente. Vi três árvores do canteiro central dobrarem e soltarem seus galhos mais pesados sobre a pista. A enxurrada era praticamente um rio vermelho e foi levando um dos galhos em direção à ponta da Asa Norte. Pipocou um raio que deve ter caído aqui em cima mesmo. O relâmpago coincidiu com o trovão.

Agora já parou a chuva, a enxurrada diminuiu e o céu está meio nublado, mas um sol sem vergonha chegou a aparecer. As árvores do canteiro central estão lá, caídas.